segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O poder corrompe?!

 Abaixo vo postar um textinho que fiz a algum tempo (já faz alguns meses). Ele não está revisado e apenas mostra meu posto de vista sobre o assunto.

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   Esta é uma afirmação que sempre me intrigou: O poder corrompe.
 Certo tempo atrás havia refletido sobre isso, mas sem muita profundidade e logo esta questão fora varrida da minha mente. Porém quando comecei a escrever este livro a questão emergiu novamente. Claro que desta vez, com um motivo para refletir, eu pesquisei bastante sobre o assunto. Afinal o poder corrompe ou não? Lorde John Acton, autor primário da frase, disse o seguinte: 
“O poder tende a corromper, mas o poder absoluto corrompe certamente. Os grandes homens geralmente são maus” 
 Esta frase, porém, se perverteu com o tempo no conhecido “Poder corrompe”, mas note que não era este o significado original da frase. Segundo Acton o poder tem sim a habilidade, inerente a ele, de corromper o caráter da pessoa mas não é de certo que o fará: Existe meios de não fazê-lo, de se controlar estes impulsos negativos, mas em contrapartida qualquer poder absoluto, sem questionamento e sem limites acaba por corromper! Foi mais ou menos por isso que surgiu as ideias de Montesquie sobre a separação dos três poderes, que é ainda hoje usada!
 Mas vamos por partes, de antemão o que se define por poder?! Poder é um verbo, uma ação e não um adjetivo como o uso dele nas freses acima tende a sugerir, poder é a ação de se executar algo, todos nós temos poder em maior ou menor grau e nem por isso somos corrompidos por ele, mesmo quando este poder pode influencia diretamente outra pessoa: Um professor lhe não lhe daria nota baixa apenas por que não gosta de você, ele certamente teria este poder, mas não obrigatoriamente iria fazê-lo. O mesmo se aplica ao seu chefe, aos nossos políticos, em suma a todos nós! Mas note que nenhum de nós tem o poder absoluto, completo e sem limites. Um professor que arbitrariamente distribui notas negativas, hora ou outra, será repreendido pelo seu diretor.
 A ideia de poder absoluto fica claro apenas se pensarmos nos já extintos monarcas absolutas, senhores feudais ou imperadores antigos, o poder deles não tinha limite ou punições , e não é difícil lembrar-se deles como tiranos: São pouco os exemplos de altruísmo e bondade espontânea deles vindo. Esta é basicamente a ideia original de Acton, que infelizmente apresenta uma lógica quase que inegável e exatamente neste contexto que os três poderes se fazem necessário!
 Nós humanos, devido a nossa natureza, temos sempre que limitarmos um aos outros, pois só assim poderemos ter poder sem sermos corrompidos. Claro que este assunto pode ser aprofundado, tanto no âmbito social quanto no psicológico, mas não é o que farei.

Reflita no seu intimo: Se você tivesse poder absoluto e total, o que faria? 

I returned - Blogs Bons + Dicas

 Salve salve galerinha do mal! Sim, eu sei, ando meio sumido. Mas é que me envolvi com outros projetos... Mentira, é que ganhei um 3DS.
 Mas enfim, agora pretendo voltar com as postagens do livro, e não somente isso, vou fazer também posts relacionados a outros assuntos em geral RPG, literatura e assunto correlacionados ao livro.
 Estou fazendo esta mudanças na verdade para deixar o fórum mais ativo. Não irei fazer resenhas de livros, nem postar material pirata, já tem blogs pra kct que fazem isso, mas quando achar algo interessante posso linkar aqui. Ou não, rsrsr.

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 Antes de qualquer coisa vou postar 4 links que me ajudaram pra kct em quanto escrevo meu livro.

Site do RRPG => Programa foda para se jogar pela net! De longe, um dos melhores programas atuais para este fim.
Blog do tio Nitro => Um dos melhores sites com artigos para rpg, além disso ele tem outro blog (que tem link neste) onde posta materiais muito bons para escritores amadores.
Taverna do Elfo e do Acanius! => Site com MUITO material bom para rpg. Fora isso são eles que desenvolvem o sistema Alchemia!!
O Grande Mestre => Site de um amigo meu, onde sou colaborador. Lá iremos postar logs de sessões, as paginas do meu HQ, contos diversos e uma variedade de coisas.

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 É isso ai, fiquem ligados que bastante coisa irá mudar por aqui. E mais e mais capitulos sobre Facções virão!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cap 3. Novos Amigos

Olá galerinha do mal. Postando o 3° cap! Pretendo manter este ritmo, +/- um cap por mês! Comentem!

Agora temos duas novas ajudantes para me dar uma mão na correção e no ritmo da historia! Enfim, se divirtam!
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Capitulo 3°
Novos Amigos

 A moto sumia enquanto Argelux se aproximava da pensão, levantado a poeira da estrada de terra batida que dava acesso ao local. Como de costume o portão duplo de entrada feito de ferro fundido estava aberto, mas rapidamente Argelux nota que havia uma moto negra de guidão cromado estacionada perto da escada que dava na porta de entrada.
- Eles chegaram aqui? - pensava em voz alta enquanto descia da moto e corria em direção à porta da hospedaria. Era uma construção antiga, o chão era de taco e as portas e janelas eram de ferro, todas enferrujadas com o passar do tempo e má preservação. As paredes eram feitas de madeira de lei, grossas e bem encaixadas e o telhado por sua vez era feito com telhas de barro escuro com um forro de madeira que em alguns pontos deixava escapar um forte cheiro de mofo. A decoração seguia um padrão estranho, em muitos pontos havia pergaminhos antigos emoldurados, em outros quadros da época antiga, Ray também parecia gostar de armas brancas pois havia varias espalhadas pela casa, penduradas nas paredes, entre elas maças, sabres, espada longas entre outros, assim como armaduras das mais variadas culturas e épocas. Tudo tinha um ar rústico e antigo, mas raramente chegavam a juntar poeira uma vez que eram sempre espanadas e limpas. A sala principal era um dos únicos cômodos que não seguiam este padrão, tendo sofás de estampas coloridas, uma TV de tela plasma grande além de cadeiras e uma mesinha de centro, tudo feito evidentemente para ser uma área “comum” para os hóspedes, que a mais de seis meses se resumiam apenas a Argelux.

 O quezzer controlador de sangue adentra a estalagem e arregala os olhos ao ver o sangue rodeando um corpo, mas antes de pensar no velho Ray percebe pela roupa que o defunto usava que era o membro da facção que o havia atacado. O rosto do motoqueiro estava deformado e amassado no chão, como se tivesse sido acertado com muita força por um objeto contundente. Sua aguçada audição detecta o respirar forte de alguém vindo de trás da porta do toalete e com calma, mas ainda em alerta, caminha por entre a sala principal indo até o lavabo e abrindo a porta lentamente. Vê para sua surpresa uma garota, com 15 ou 16 anos segurando um taco de beisebol todo ensanguentado. A jovem tinha olhos azuis profundos, cabelos loiros e compridos até as costas e usava um belo vestido branco que ia até um pouco depois do joelho, mas estava rasgado na lateral e sujo de sangue na parte frontal. Os olhos da jovem não delatavam medo, mas sim uma agressividade intensa. Argelux notou que ela estava prestes a virar o pulso para goleá-lo quando a voz de Ray soou pela hospedaria.
- Argelux é você?
  A jovem contém o golpe enquanto Argelux sorri se afastando da porta indo em direção ao velho.
- Ray, que bom saber que está bem. É um alívio, um grande alívio.
- Se preocupa muito comigo meu jovem, mas vejo que é você quem está com problemas. - Falava enquanto entrava no toalete dando seu terno para a jovem, falando para a mesma vestí-lo e acompanhá-lo até a sala.
 Argelux olha então para suas roupas e só então percebe seu estado, a calça estava rasgada e suja de sangue e tinha buracos causados pelo fogo em vários pontos. A camisa tinha quase toda sumido durante o incêndio deixando amostra seu abdômen. Ele então sobe para seu quarto jogando suas roupas no lixo e se troca com novas vestimentas. Sabia que aqueles homens não voltariam a incomodá-lo durante um tempo após ter usado sua aura assassina, mas ainda se preocupava com quem havia sido o mandante.
  Desce então as escadas, indo em direção à sala principal. A jovem de antes estava ainda com o terno sobre sua roupa, porém agora sentada na mesa de jantar tomando um chá quente, servido por Ray que estava ao lado dela.
Ray Dallos era um homem de meia idade, porém de porte imponente, com cabelos grisalhos e um bigode sempre volumoso, mas bem feito, o que combinava perfeitamente com suas roupas- ternos e roupas sociais sempre alinhadas e limpas, mesmo quando fazia as tarefas ordinárias na hospedaria.
 O jovem de cabelos brancos se aproxima, e quando começa a formular uma explicação do por que de seus trajes anteriores e dos últimos eventos é interrompido pelo velho que apenas pede “vá, se livre da bagunça que causou”, e logo Argelux entende de qual bagunça ele se referia e o mais importante, que não queria saber nem ter nenhuma explicação. Em muitos casos a ignorância era a melhor sabedoria.
 O jovem de cabelos brancos recolhe o corpo do homem, o embrulhando em um lençol, levando-o até o fundo da pensão onde havia uma floresta. Atrás de um velho carvalho enterra o homem fazendo uma simples vala, então começava a procurar na carteira dele sua identificação, e após ver seu nome em um documento joga a carteira dentro da vala e começa a enterrar o corpo. Após isso pegava 2 troncos de madeira de tamanho médio, os prendia com cipós e gravava o nome do morto com uma faca na madeira da cruz.
- Richard era seu nome então. Não parece o nome de alguém envolvido com as facções... É uma pena, mas provavelmente sua família nunca irá saber onde está enterrado. – Este era o destino de alguém que se torna um membro: Morrer no anonimato. Era assim que algum dia Argelux iria terminar, e ele sabia disso muito bem, sempre soube.

 Membro é uma denominação bem comum utilizada no submundo para identificar aqueles que fazem parte de alguma facção. Uma das regras mais importante para as facções era a discrição, afinal eram elas organizações secretas do submundo e mesmo que a polícia e sociedade de modo geral fosse impotente contra um inimigo tão poderoso e bem estruturado, a comoção geral poderia não só causar guerras civis dentro das cidades como destruir todo controle e comodidade que eles detinham. Para aqueles dentro do submundo todas as pessoas poderiam ser divididas em três tipos: Comuns, ranqueados, lixos.
 
Os que desconhecem o submundo, que acreditam na policia ou no governo achando facções e quezzers coisas de “lendas” são chamados de lixos. Totalmente impotentes, manipulados e cegos para a verdade, eram a parte maioria da sociedade que vivia vidas infelizes e inúteis apenas para manter aqueles que tinham o poder no topo.
 A imensa maioria que conhecia algo sobre o submundo era, como o nome sugere, os comuns: Assaltantes baratos, mercenários gananciosos ou subordinados obedientes. Os comuns eram usados como peões pelos lideres, enviados para cumprir missões simples de assassinato ou ficar monitorando pontos de droga e em alguns casos até mesmo controlar a corporação, afinal existiam também maneiras legais de se acumular poder e influencia. Mas para cada 100 comuns um poderia se destacar, fosse humano ou mais provavelmente um quezzer, e se tornaria diferenciado e assim capaz de também fazer a diferença, estes membros então começavam a ser classificados no chamado ranque.
 Ranqueados tem poder e influencia tanto dentro da guild em que atuam, como também começam a ser conhecidos em todo submundo e é claro respeitados. Existe um total de 4 níveis diferentes para os ranqueados, sendo eles D, C, B e A.
 
Quando Argelux sai do banho o dia começava a nascer, junto com uma forte tempestade que engolia a cidade com ventos e trovões, mas era sempre assim naquela cidade, sendo raros os dias de sol. Já trocado e descendo a escada, nota a jovem de antes, já pronta também junto a Ray que servia um farto café da manha.
- Bom dia Argelux. Sente-se – Dizia Ray para o quezzer que se senta, já acostumado com a boa refeição servida pelo dono da hospedaria. Após se servir de algumas torradas o jovem de olhos vermelhos enche o pulmão para dirigir a palavra a jovem, mas é interrompido pela mesma.
- Eu sou Imori Yashiro, da família Yashiro - Se apresentou a jovem, com um tom firme. Ela, assim como Ray, já imaginava que para um membro ter aparecido na hospedaria procurando por Akumada o mesmo deveria também ser um membro.
- Família Yashiro? Você é uma nobre? - Ele sorria para a jovem. Entendia pouco sobre as famílias nobres, mas sabia o nome da maioria delas de cor, em especial os Yashiros que eram os únicos nobres a viver na cidade.
- A Senhorita Yashiro disse-me que fugiu de casa, e estava procurando um lugar para ficar. A princípio eu fui contra a ideia de abrigar uma criança menor de idade na hospedaria... Mas ao saber que ela tinha bastante dinheiro, eu resolvi conceder. – Os olhos de Ray pareciam ofuscados. Um homem de sua idade costumava gostar de juntar economias e formar outros negócios.
- Sei... - Respondeu sem muito entusiasmo para o velho avarento. Em seguida se levantou, foi até perto de Imori e fez uma curta reverencia, mais por graça do que por etiqueta e então se apresentou para a pequena - Bem, mas depois do que ocorreu ontem acho que é melhor me apresentar devidamente. Hoje em dia podem me chamar de Argelux, mas já fui conhecido como Akuma o Demônio de Sangue, vice-lider da Dark Blades.
Imori arregala os olhos, quase engasgando. O nome Akuma não era largamente conhecido, mas a sua antiga facção sim. A Dark Blades foi conhecida durante muitos anos como a mais violenta e sanguinária facção da cidade e seu líder Raikkos era temido até mesmo pelo conselho pela sua maldade e crueldade. Histórias antigas contam que ele era um poderoso espadachim que tinha grandes poderes quezzers, e que pessoalmente havia treinado toda a elite da guild como assassinos sem emoções.
- Pode me contar por que fugiu? - Conclui Argelux, se mostrando bem interessado na historia da menina.
 Imori parecia uma adolescente revoltada pelas suas expressões de indiferença, ela nem sequer importou-se com o gesto de Argelux de reverencia-la, ao contrario, ela virou a face um pouco irritada e aproximou-se da janela e olhou a tempestade. Logo em seguida, fechou as cortinas. – Porque eu estava cansada de ser tratada como uma criança... Os adultos da minha família são todos dominados por ideais hipócritas e moralistas empregados pelos meus pais. Não que eles saibam que o que estão dizendo é uma farsa, pelo contrário, eles acreditam mesmo que o mundo terá um futuro digno e justo. No entanto, eles acreditam que isso cairá do céu, e sem derramar sangue. – Ela senta-se na mesa novamente, enquanto Ray segue pelo corredor na direção da cozinha. – Eu tentei diversas vezes abrir os olhos dessas pessoas idiotas, que são repreendidas por essas facções que acham que podem fazer tudo. Inclusive, minha família é governada por uma facção, meus pais não passam de fantoches. Mas as minhas tentativas foram todas frustradas. – A menina parecia ter bastante rancor de sua terra natal e família. Ray logo voltava com um café e colocava em cima da mesa, enquanto servia outro para Argelux.
- Nesse tempo é muito conveniente tomarmos um café bem quente. Está frio... – Ray dava uma golada na caneca. – A propósito, acho que terei que mudar minha hospedaria, aqui não é mais seguro. Se os boatos se espalharem, eu perderei muita freguesia... Não que eu tenha muitos clientes. – Na verdade, Ray não tinha nenhum cliente há meses dado ao local de sua hospedaria, Imori era a primeira depois de Argelux.
- Serio? Aqui é tão bom! Sabe, não fede como o centro. O ar é puro e fica perto da floresta! É um ótimo local! – Protesta Argelux, que sempre se sentiu acolhido na hospedaria.
- Um local mirado por facções agora, ou seja, um local perigoso! – Concluía Ray.
- É irônico... – Dizia a bela Imori se envolvendo no assunto – Fugi de casa para ficar longe da influencia das facções, mas quase no mesmo dia elas já me prejudicam novamente... Infelizmente parece que eles apenas respeitam outras facções mais fortes.
- Sei como é – Completava o jovem de cabelos brancos, que se sentia culpado por ter levado membros até a hospedaria e, como consequência, tê-la feito fechar. Então tem uma idéia idiota e louca, e por impulso fala – E se a hospedaria fosse uma facção!? Eles iriam temer atacá-la, não!?
- Se tivéssemos influencia no conselho iriam sim. –Dizia Ray, que parecia ter um bom conhecimento do submundo, apesar de nunca falar nada de como obteve esse conhecimento.
- Criar uma facção para não ser atacado pelas outras facções? Que idéia estúpida! – Imori dava uma suave risada, irrompendo pela primeira vez em sua cara fechada, mas logo a refaz ao perceber que Argelux não estava brincando.
- Eu irei formar uma Facção! - Avisa o quezzer de olhos vermelhos surpreendendo a todos no recinto, apesar de nem Ray ou Imori mostrarem muito interesse ou levarem aquilo muito a serio. Mesmo assim ele continua. - Você está certa Imori, este mundo não pode ser mudado com palavras bonitas! Estamos afogados no mal, no caos, dominados por assassinos, o único modo é mudá-lo por dentro. Irei criar uma facção diferente, onde só entrarõ pessoas boas, de coração justo e que queiram mudar este mundo!
 Naquele momento Imori não sabia, e talvez nunca descobrisse, mas Argelux havia naquele instante decidido uma nova meta de vida, que até então estava sem objetivo concreto, iria governar as facções, governar a cidade e fazer dali um mundo melhor. Um sonho gigante, que muitos achariam uma brincadeira de mal gosto ou algo vindo da mente de um louco, muitos, mas não Argelux que levaria sua nova meta de vida a serio.
– Hã? Sabe... Você não pode estar falando sério! Lamento, mas acredito que esse seu sonho seja algo utópico de mais. Para você criar uma facção, precisaria de no mínimo mais três membros, entre eles um conselheiro, um vice-líder e um guarda-costas, isso sem contar que facções tão pequenas são fracas e rapidamente eliminadas pelas outras. E você é bem hipócrita em convidar uma garota de 16 anos para fazer parte de uma facção criminosa!
-  Não será uma facção criminosa! Além disso, aqui já temos três membros, o ultimo eu talvez saiba onde encontrar. Se realmente crê que apenas palavras bonitas não poderão mudar o mundo, una-se a mim. O que me diz?
- Três? Não lembro de ter concordado com nada... – falava Ray para si mesmo, percebendo que os jovens estavam decidindo as coisas por eles mesmos. Então se calou, não querendo se envolver com algo problemático.
Imori dá de ombros. – Eu não tenh para onde ir. E se a hospedaria do senhor Ray irá virar um quartel-general de uma facção, não posso pensar em outra coisa a não ser aceitar. – Imori bebe mais um pouco do café e continua. – Não se esqueça que além de ter os membros necessários, não é nada fácil conseguir uma audiência com o Conselho. Eles são pessoas bastante ocupadas matando pessoas, estuprando virgens e fumando maconha. – Ironiza a jovem que não dava o menor interesse apenas olhando suas unhas para ver se estão bem feitas enquanto pensa para si mesma "Eu poderia conseguir uma audiência, mas esse cara não me parece muito confiável, então deixarei por conta e risco dele..."
- Então se vamos formar uma guild tenho que ir rever velho amigos... - Argelux subiu rapidamente as escadas da pensão indo até seu quarto, nele de baixo da cama pegou um baú e o abriu com uma chave que guardava dentro de uma gaveta no armário.

Então pegou seu velho traje: Vestes pretas, com símbolo de uma gota de sangue bem no peito. A calça jeans negra era toda rasgada, e o sobretudo era leve e estava em trapos. Também pegou seu velho capacete cor de sangu, desceu novamente as escadas e saiu pela porta sem dizer nada.

- Sabe, para um quezzer que se diz um ex-vice-líder da Dark Blades esse tal de Argelux não é muito manso não...- Concluía Imori ao vê-lo sair pela porta tranquilamente.
Ray apenas acenou com a cabeça de maneira positiva, mas em seguida ponderou “Mas ninguém nunca é de todo ruim nem de todo bem. Apenas alguns pendem do lado errado, ou não tem as oportunidades corretas.” Sem duvida era verdade, o assassino do sangue havia mudado tanto que nem ao menos lembrava a pessoa que tinha sido.

domingo, 6 de outubro de 2013

Cap 2. Nas entrelinhas do caos

Olá galera, hoje trago mais um capítulo do livro! Mas antes uma informação importante: Logo mais terá uma imagem feita por uma profissional para ser a capa do livro! Legal né! :3

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Capítulo 2
Nas entrelinhas do caos

Bairro de Orior, leste de StormCity, 20/02/1020 23:23 da noite. Varias horas antes do incidente em Servilha.
 Era um grande dia para Edgar, líder da recém fundada facção conhecida como Dragnov, que recebia em sua cede a visita de um Quezzer de alto ranque. Entre as paredes negras do escritório, sentado na ponta de uma imensa mesa de madeira com vários detalhes em alto relevo em uma confortável poltrona vermelha Edgar fumava seu charuto espalhando por toda a sala um cheiro forte em quanto com um sorriso nos lábios encarava seu visitante que acabava de entrar sendo escoltado por dois de seus homens, que em seguida seguiam e ficavam na lateral do cômodo perto das paredes como estatuas. Além dos dois guardas costas sentado ao lado de Edgar estava seu filho, Oscar.
- Quem diria... Eu pensei que iria demorar ainda mais alguns meses para nos da Dragnov recebermos a atenção de alguém de seu nível... Myamoto - A voz de Edgar sai rouca por entre seus dentes amarelados. Gordo quase mórbido trajava sempre roupas de marca feitas sobre medida para seu grande corpo, geralmente de cores marrons ou outros tons neutros. Sua cabeça redonda e gorda lhe dava sempre um ar de seriedade, apesar do fato de pentear seu pouco cabelo para o lado na falha tentativa de esconder a calvície ser um tanto que hilária.

 Myamoto era musculoso, de aparência viril e intimidadora. Seus olhos amendoados contrastavam com sua longos cabelos negros que desciam em reta absoluta até perto da cintura. Sua roupa extravagante era sem duvida outra amostra de seu poder e influencia: Um terno branco alinhado e sem costura, cheio de detalhes em verde principalmente perto das extremidades, além de uma calça cinza feita de algodão que porém se tornava gradativamente escura conforme se aproximava dos pés, sendo totalmente negra ao final.

 - Uma bela mansão que você conseguiu nesses últimos cinco messes. Sem duvida, trafico de armas e de droga é uma maneira extremamente rápida e prática de se enriquecer. - Respondia com um certo ar de repudio, sentando-se na ponta oposta da mesa.

 Myamoto ou espadachim da lua sangrenta, como também era chamado, tinha sempre um semblante serio e carrancudo raramente expressando emoções. Conhecido por ser o general de uma das famílias nobres, título dado somente ao mais hábil guerreiro de uma casta, cairá em desgraça quando fora derrotado por um espadachim conhecido como Raikkos, o filho das trevas. Após tal fato, que culminou no assassinato de um dos nobres que jurou defender caio na insanidade e depressão, tendo como meta de vida vingar-se de seu algoz que para sua infelicidade tivera encontrado seu fim pela mão de outra pessoa. Sem contatos e maculado entre os nobres, o espadachim da lua sangrenta se via obrigado a usar os serviços de um das facções que tanto desprezara.
 - Sem duvida! - Sorria Edgar, então mudando seu semblante para algo mais serio - Mas me responda, por que exatamente veio aqui. Tinha me falado por telefone sobre uma... Proposta? - Indagava deixando a palavra soar ao vento, mostrando muito interesse.
 - Sua facção, a dragnov, é nova e você ambicioso, não irá tardar para que outras facções maiores comecem a se sentir incomodadas com vocês. - Fazia então uma breve pausa dando uma ênfase especial no resto da frase - E ter alguém como eu sendo seu aliado pode evitar muitos problemas.
 - E penso que não irá se unir a mim de graça, não é?- Ponderou sabiamente se reencostando na poltrona, tateando os detalhes cravados na madeira da mesa afim de aliviar sua tensão, tentando não transparecê-la.
- Sem duvida. Tenho assuntos a terminar com certa pessoa... - Myamoto coloca lentamente sua mão dentro do terno, fazendo os dois guarda-costas de Edgar sacarem suas arma e apontarem para ele, porém o mesmo retira igualmente de vagar uma foto e a joga sobre a mesa - Como dizia, quero esta pessoa morta.
Com seu dedo indicador, que era adornado com um grande anel prateado, ele aponta para a foto. Nela um homem de cabelos brancos e olhos vermelhos, vestido de frentista estava sentado em um banco. Edgar sorria, achando a tarefa insignificante.

- Oscar meu filho, reúna os motoqueiros e pegue o armamento pesado. Descubra onde é o posto que ele trabalha e ateie fogo.
- Sim papai, será um grande prazer! - Respondia pela primeira vez o filho do líder da Dragnov, um jovem de aparência gótica, cabelos escuros longos e voz engasgada devido aos piercings na língua e boca.
 Neste meio tempo Osca muniu vários de seus homens com rápidas motos e potentes armas, já se deleitando com o banho de sangue que viria.

 Também, para evitar que aquele homem de cabelo branco entrasse em possível contato com algum comparsa mandou destruir a torre de telefonia perto da região, o que cortaria o sinal de celular até ser concertada.

 Em StomrCity ou em qualquer outra cidade do globo, as ruas são preenchidas de violência e caos desde eras remotas. Conta a lenda que houve um tempo em que a humanidade gozava de paz, amor e calma. Eram tempos dourados que guiados pelo espírito ancestral da Manafluid, algumas vezes chamado de O Deus, os humanos alcançaram uma utopia que durou por milênios. Porém alguns homens não se satisfaziam com tudo o que tinham, desejavam um poder muito além algo que poderia torna-los divindades entre os homens, ele desejavam o poder detido pelo Manafluid!
 ManaFluid não era um ser corporal como os homens ou os animais, era um ser etéreo feito de pura energia, conhecida também como mana,  ligado por uma mente coletiva que corria interligado por todos os seres vivos, permutando dês do menor inseto até o maior mamífero. Mas através de meios esquecidos os lideres de uma já extinta civilização conseguiram quebrar o vinculo que eles tinham com o Manafluid, sendo a partir de então capazes eles mesmo de gerarem sua própria mana, além de manipulá-la para quebrar as leis da física ou até mesmo da realidade. Em seguida declaram guerra a todos os outros povos, dominando-os com seus novos poderes e então ousaram tentar matar o próprio Deus quebrando os laços dele com todos os seres. Manafluid revidou claro. Em uma lufada trancou a mana que os humanos faziam dentro deles mesmo, selando para sempre seus magníficos poderes ao mesmo tempo em que usando sua energia pura transformou os animais ao qual ainda tinha vínculo em terríveis feras! Anos regados a sangue e matança se seguiram, todo o conhecimento, tecnologia e cultura dos povos daquela época foi destruído em quanto alguns poucos conseguiram fugir das Fera-da-mana.
 Com seus corações preenchidos por angustia e tristeza os sobreviventes da civilização que havia desencadeado toda aquela desgraça se uniram nas ruinas de sua antiga capital, onde o ritual para cortar o vinculo com Manafluid havia sido feito. Usando suas próprias vidas como sacrifícios eles deram a 10 crianças o poder de voltar a manipular a energia primaria, a mana pura! Essas crianças cresceram e lideraram os povos em uma ultima batalha contra seus algozes, as Fera-da-mana, derrotando os seres abisais e expulsando os sobreviventes para as entranhas das florestas e oceanos. A partir deste dia os 10 heróis ficaram conhecidos como os quezzers, que na língua antiga queria dizer guias, iniciais e conduziram os sobreviventes a uma nova era de paz... Que durou muito pouco.
 Os filhos dos heróis eram dotados de sua capacidade de manipular a mana, mas não detinham nem sua eterna juventude como também não podiam gerar sua própria mana. Tendo enormes poderes dormentes que só poderiam ser utilizá-los ao roubar a mana de outras fontes, no geral os humanos que acabavam mortos no processo. Muito se discute o motivo pelo qual os Quezzers não interferiram quando sua prole começou a assassinar as pessoas que eles haviam jurado salvar, alguns dizem que eles enlouqueceram com o poder, outros que eles amavam tantos seus filhos demoníacos que se cegaram para o mau que estavam causando.
 Um quezzer porém, de nome Kiter, o mais poderoso dentre os 10 se ergueu contra essa injustiça causada por seus filhos e junto com seu irmão Astrord desafiou os outros 8. Ambos, unidos de seus filhos que compartilhavam de suas ideias bondosas e humanas decididas a erradicar o mal confrontaram, derrotaram e mataram todos os opositores a fim de lançar ao mundo uma nova era de harmonia entre quezzers e humanos. Mas nada é perfeito, e concluindo seu plano Astrord matou de forma cruel e vil seu irmão, Kiter. Com todos os outros Quezzer iniciais mortos, Astrord se consagrou o Imperador Sagrado, e elegeu 12 de seus filhos como nobres. Estes 12 e seus filho e netos seriam então, para sempre, seus seguidores e conhecidos como as 12 famílias nobres. Atualmente aqueles que carregam o sangue dos filhos dos quezzers iniciais, além de suas incríveis habilidades, são chamados também de Quezzer.
 O que é mito e o que é verdade se perdeu no tempo, mas é certo que o Imperador Sagrado e as 12 famílias nobres dominam as Facções e todo o mundo nas sombras.

Myamoto estava deitado no quarto de hospedes disposto a ele por Edgar quando nota um alvoroço na mansão. Indo até a janela abre as cortinas em quanto encara a escuridão do céu noturno sendo quebrada pelo nascer do sol.
- Pelo horário eles já devem ter sido esmagados por Argelux... Ótimo, quer dizer que tenho algumas horas antes dele chegar aqui. Melhor me preparar.
Ele fechava a cortina e ia ao banheiro, após se despir tomava um longo banho em quanto recitava uma antiga oração ensinada por seu mestre. Após isso se enxuga, coloca um longo kimono branco com detalhes em azul e prende seus cabelos com uma longa fita vermelha. Pega então sua catana de aço negro, uma espada de qualidade inegável cujo fio podia cortar até mesmo ferro fundido sem muito problema, arma terrível dada a ele após ter se tornado membro da elite protetora da guarda nobre, a ultima lembrança de seu passado feliz. Sentava-se então na cama, sabendo que até o inicio da noite seu inimigo viria até ele.

 “Terei em breve minha vingança.”

sábado, 28 de setembro de 2013

Cap 1 - O chamado da violência

Combo hit! Nova postagem, com o primeiro cap. (afinal pra isso fiz o blog. hehe)

Sugestões, criticas, doações (quem sabe né), basta deixar nos comentários.

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Facções

O submundo do sangue.
Capitulo 1
O Chamado da Violência


 A chuva cai forte, sendo nítido aos ouvidos apurados de Argelux o burburinho dos ralos do esgoto entupidos. Está frio e apenas os clarões dos relâmpagos rasgavam a escuridão no céu. Era possível sentir dali, o cheiro de terra molhada que vinha do horizonte. Tudo começava a festejar, palpitando conforme as batidas de seu coração solitário, naquela noite turva e obscura, com monstros a espreita, enquanto os olhos opacos e sem vida fitavam ao longe o nada. Fazia alguns minutos que seu turno havia começado no pequeno posto de esquina, que possuía somente três bombas, uma para cada tipo de combustível, e uma pequena loja de conveniências ao fundo, com três prateleiras de salgados e outras guloseimas além de bebidas e uma estante com vários óculos e bonés. O movimento, que já não era intenso naquele horário, se tornava sempre menor em dias chuvosos e nublados como aquele. O bairro de Servilha era calmo e dificilmente havia brigas ou confusões, o que trazia a todos ali uma rara, e talvez falsa, sensação de segurança, que já era difícil em qualquer canto da cidade. As casas eram um detalhe a parte, sendo de uma arquitetura antiga, porém padronizadas tendo a cada três ou quatro residências uma árvore robusta, que em alguns casos crescia até as raízes quebrarem o meio fio.
 Perdido em seus pensamentos, Argelux  se assusta quando ouve a voz de um garoto que sai trotando do banheiro dos funcionários do lado direito do ponto de conveniência, e ele nem ao menos notara que alguém havia entrado lá. O garoto negro, de seus dezoito anos caminhava firme em sua direção e assim como ele usava o colete amarelo por cima da roupa, identificando-o como funcionário do local.
- Olá, sou Bob o novato. Hoje será meu primeiro dia aqui no posto! - Um largo sorriso aparecia em seu rosto, fazendo seus dentes brancos entrarem em contraste com sua pele e olhos negros como a noite.
- Prazer, me chamo Argelux. Você vai gostar de trabalhar aqui, geralmente é assim sossegado, com poucos carros e quase nenhum movimento - Revelou simpaticamente, ignorando o olhar do jovem que fitava seus olhos com certa admiração e estranhamento.
 A verdade era que o visual de Argelux, assim como seu nome, era extremamente exótico: Sua Iris apresentava um vermelho vivido como sangue. Seu cabelo, assim como a sobrancelha era outro detalhe paradigmático em seu corpo, sendo de um branco vibrante quase prateado lembrando os raios do luar e ao mesmo tempo liso estendendo-se até um pouco depois do ombro, mas sempre impecavelmente penteado para trás. Sua altura não o fazia destacar-se, nem para o mais nem para o menos tendo cerca de 1,70, junto com seu corpo magro e atlético, escondido sempre por de baixo da roupa. Por fim as unhas sempre compridas e grosas como garras e o sorriso largo, que muitas vezes deixava aparente os caninos brancos como leite, dando a ele um ar predatório.
- Então Bob, primeiro trabalho? - Perguntou tentando quebrar o clima inicial.
- É sim, estou terminando meus estudos, mas acho que não entrarei numa faculdade pública. O jeito então é trabalhar para pagar uma particular. Um posto é um bom local para se começar, segundo meu pai, então vim pedir emprego- Afirmou o jovem, com vigor na voz enquanto olhava um panfleto a respeito do combustível adulterado e como reconhecê-lo.
- E você parece estar bem empenhado nisso, não? - Deu uma pequena risada, como que o advertindo- Jogue este panfleto fora, seja lá onde você o achou. O combustível aqui é tão bom quanto pinga! Seria um saco se um cliente resolvesse identificar nossa gasolina!
 Um carro preto esporte, de vidros escurecidos e com o capô e o teto envelopado, de aparência bem furiosa e intimidadora se aproxima lentamente do posto. Pelo modelo de luxo, Argelux já nota que era de algum figurão, uma vez que pouquíssimos naquela cidade desgraçada poderiam comprar um carro de igual porte o que lhe dava um flash de seu passado, rapidamente repudiado pelo mesmo.
- Venha comigo Bob, vou atender o cara, assim aproveito e lhe ensino a por gasolina nos carros. É bem simples na verdade- Dito isso, ia a passos firmes até o vidro do carro, que já havia encostado ao lado da bomba de combustível, pegando a “pistola” de abastecimento e esperando na lateral do carro, até que os vidros negros começassem a descer.
 Era fácil notar que o motorista, assim como quem ocupava o banco do passageiro, tinha feições brutas e usava roupas não muito condizentes com o carro: calças jens rasgadas, remendadas por costuras e adornadas com correntes de aço e ferro, além das camisetas negras com estampas satânicas e os olhos pintados como góticos. Para maior surpresa e infelicidade dele, logo que metade do vidro se encontra aberto o homem sentado do lado do passageiro e mais perto da janela saca uma arma e rapidamente a aponta para a testa do frentista de olhos vermelho. Neste instante pensamentos rápidos passaram entre a mente de Argelux, indo de um possível assalto ao posto até um sequestro relâmpago, mas percebe que nenhuma dessas teses faria sentido, afinal por que sequestrar um frentista de posto ou pior ainda, assaltá-lo! Logo a verdade ebule de sua mente até seus lábios que quase sussurram
 “Eles me acharam”.
Por cima do capô do carro, forçando seus olhos vermelhos ele vê mesmo com a chuva pesada motos rodeando todo o posto, no mínimo 5 pelo que contou.
- É a merda de uma cilada! Bob cui... - E antes que pudesse terminar o aviso ao novo funcionário o som agudo e inconfundível de tiros rasga a noite ecoando por todo o bairro e enquanto Argelux se protege abrindo a porta do carro a força e adentrando em partes no mesmo, o jovem Bob não tem os mesmos reflexos e logo é baleado na perna por um dos tiros, caindo no chão gritando de dor e medo.
Dentro do carro, ainda segurando o punho agora quebrado do homem, maneja a arma para que acerte um tiro na cabeça do mesmo, deixando apenas dois cadáveres dentro do carro, além dele mesmo é claro. Os tiros se concentravam no carro, furando os pneus e quebrando em pedaços o vidro.
Agora não havia volta.
Pegando o revolver que acabou de usar para matar ambos e enchendo os pulmões de ar Argelux sai do carro fazendo disparos contra as motos, mesmo que com sua péssima pontaria não fizesse nada além do que assustar os motoqueiros. Em quanto corria e atirava ia na direção do jovem Bob que estava caído no chão, alguns metros adiante urrando de dor pela perna atingida e ao chegar perto o suficiente largava a  arma no chão, em seguida sobre-erguendo o menino por seu braço puxando-o com força e por fim colocando-o em seus ombros. Bob urrava de dor pelo solavanco que levava em quanto ia parar na costa do companheiro, que não parecia inicialmente ter estrutura física para tanto, e um urro maior ainda quando o mesmo quebra as vidraças da loja de conveniências fazendo ambos baterem no chão.
Os motoqueiros usavam todos motos potentes e de marca, assim como coletes pretos de couro por cima das roupas rasgadas e sujas. Poucos usavam capacetes ou qualquer apetrecho de segurança a total despeito das leis, também pudera, para pessoas que andavam armados até os dentes multas de trânsito era a menor das preocupações. Bordado na parte de trás dos coletes havia um brasão, uma espécie de cobra com asas e escritos na língua nobre mostrava que eles faziam realmente parte de uma facção, apesar das pessoas comuns pouco compreenderem do submundo do crime e raramente distinguiriam eles de um bando comum de motoqueiros.
- Você é louco! -Falava o jovem, então dando um pequeno gemido e se esgueirando para trás de uma das prateleiras enquanto os disparos se focavam ali.- Quem são esses caras! É... Um assalto?
- Facção? Não me faz rir, isso é lenda urbana cara! Lenda urbana! Se organizações de criminosos realmente governassem o mundo nós saberíamos, a mídia iria nos contar!- Afirmou cético, em quanto os olhos assustados fitavam o chão em uma fútil tentativa de manter o controle
- É, claro que iria... Então liga para a policia. - Retrucou com um certo tom de ironia, enquanto esperava vendo de trás da bancada de ferro a loja de conveniência ser pulverizada pelas balas. Notara que os tanques de gasolina vazam ao litros, preenchendo o pátio do posto do material inflamável.
- Sim... Para a policia e a ambulância e... Sem sinal? Meu celular está sem sinal! - Bob jogou o celular na parede por pura frustração, não escondendo o pânico.
- Se bloquearam o sinal, é uma facção de porte grande, ou estão investindo tudo deles neste ataque. Isso é problemático ...- Ponderou Argelux, ficando ainda mais surpreso ao ver pela fresta da porta da loja os motoqueiros passando para lá e para cá, atirando com revolveres e metralhadoras a esmo. Um deles de repente para e olha para a loja, pega uma espécie de garrafa com um pano da lateral de sua moto preta, ele ascende um fósforo e queima o pano. O mundo para Argelux estava prestes a desmoronar se não tomasse uma atitude, porém a altura não via muito o que pudesse fazer. O motoqueiro joga a garrafa em chamas em cima da gasolina que escorria, e depois partia novamente. O fogo percorria a estrada na direção dos tanques, causando enormes explosões que em segundos encobrem todo o posto em chamas infernais.
Um dos motoqueiros, único que estava em uma moto vermelha de porte grande e desing esportivo para retirando o capacete deixando assim o cabelo longo e negro cair por entre os olhos pintados de lápis roxo, e logo deixando a chuva misturar a pintura de seu rosto e colar ainda mais seu cabelo liso ao rosto. Falando de maneira sofrida, devido aos piercings na língua e na boca comemora, “Missão comprida! Vamos voltar a sede agora!”, mas logo ele e os outros motoqueiros ficam petrificados vendo uma cena que só poderia ser vinda da mente de um louco: Argelux surgia do posto em chamas com o corpo de Bob entre os braços, ambos rodeados por fogo que chegava quase a consumir seus ossos, deixando os músculos faciais a mostra. Todos rapidamente voltam a apontar suas armas para ele, porém o grito de raiva vindo do fundo da garganta daquele homem em chamas faz gelar o coração dos membros da Facção. Correntes negras com arames farpados vermelhos como sangue brotam da sombra de Argelux que ainda queimava em chamas e avançam como se tivessem vida própria contra os motoqueiros, rodeando e dilacerando sua carne em quanto deslocando seus ossos fazendo aqueles homens irem a loucura de tanta dor.
 - Idiotas! É tudo ilusão, é tudo ilusão! – Gritou o que aparentemente era o líder, ainda sentado em sua moto vermelha para tentar despertar seus subordinados da loucura que ali se instalava. Para ele que tinha uma grande força espiritual, assim como outros 3 motoqueiros que não aderiram as alucinações o grito havia provocado apenas um frio na espinha. Ainda intimidado rosnava o suposto líder amaldiçoando, mas sua coragem rapidamente foi minada e conformado com a derrota acelerou a moto, falando para si mesmo- Então este monstro é um quezzer?
O homem da moto vermelha acelera junto com outros 2 que como ele superaram as ilusões sumindo no horizonte ainda negro, deixando para trás seus comparsas loucos ou feridos a mercê da própria sorte. A tempestade começava a diminuir, em quanto as chamas no corpo de ambos diminuíam até parar e de joelhos no chão os olhos vermelhos  de Argelux fitava o rosto carbonizado de seu ex-colega de trabalho. Se levantando com dificuldade e deixando o corpo sem vida de Bob no chão em quanto sua pele se regenerava em uma velocidade fenomenal, cobrindo os músculos e logo o curando das terríveis queimaduras, afinal ele era um quezzer.
Poucas pessoas conheciam os demônios chamados de quezzer. Eles são humanos que, por motivos desconhecidos pelo menos por Argelux, ganhavam poderes inigualáveis.  Entre eles a rápida regeneração, o aumento impressionante do vigor, da velocidade ou até mesmo da força como também outra variação infinitos de habilidades únicas. Porém com estas dádivas vinha também uma grande maldição, a necessidade de se alimentar da energia vital de outros seres o que sempre os impelia para um mundo de violência e sangue.
- Irônico, quando finalmente comecei a esquecer de toda a morte e dor, meus fantasmas do passado voltam a me seguir... Esses malditos sabiam até onde eu trabalhava! - Com passos fortes Argelux ruma em direção a um dos motoqueiros que estava no chão, perto da moto ainda se contorcendo de dor pela forte ilusão causada por sua ira. Pegando o pobre coitado pela gola da jaqueta o ergue até deixar seus olhos na mesma reta e pergunta com fúria em sua voz.
- Seu puto! Quero nomes, quero informação! Quem são vocês! - Apesar da ira em sua voz, logo percebia que seria inútil tentar pegar informações daquele motoqueiro. O homem estava babando feito um demente num sanatório após a terapia de choque, estava tendo espasmos musculares, seu corpo tremia. E ele murmurava coisas aleatórias “Mate.... Espinhos... Ajude...” Aquele homem não iria lhe dizer nada por hora, já que seus ritmos cardíacos acelerados indicam claramente que ele ainda estava em efeito hipnótico, e que talvez nunca mais saísse.
 Ele revista o homem como um verdadeiro policial a moda antiga. Ao balançar os bolsos do mesmo, sua carteira cai e logo tinha os documentos revistados. Lá continha sua identidade, um pouco de dinheiro e cartões, porém o mais importante, uma espécie de carteirinha especial com o símbolo do que seria uma facção e uma mensagem na língua nobre, a mesma bordada nos coletes de couro. Ele estava afastado das ruas e não soube identificar de qual facção era o símbolo, além disso, não sabia nem ao menos o básico da chamada língua nobre, o que lhe impedia de ler as coisas escritas na carteirinha.
- Provavelmente era mesmo uma maldita facção, mas que frescura é essa de carteirinha! - Era comum e até esperado as facção criminosas usarem brasões e símbolos para identificarem seus membros, variando de costuras em roupa até mesmo tatuagens ou pinturas em carros, mas era a primeira vez que via uma carteirinha de identificação.  Com uma careta de quem lembra algo que não gostaria de lembrar diz - Se sabiam onde eu trabalhava devem saber também onde eu moro... Ray! - Então, erguendo a motocicleta, Argelux salta em seu banco, e pilota rapidamente até a casa de Ray, deixando o bairro que antes era calmo e tranquilo em ruínas e chamas diabólicas e o jovem e sonhador Bob no chão junto às cinzas, totalmente desfigurado.




 Antes que o ocupante do lado da janela tenha tempo de puxar o gatilho da arma, rapidamente Argelux segura seu punho, forçando-o contra o ocupante do banco do motorista ao mesmo tempo em que ouvi os estralos dos ossos quebrando e disparando a arma contra o motorista, sujando a janela e o pára-brisa de sangue.
- Não, eles são membros, membros de alguma maldita facção!- Respondeu Argelux, em quanto se protegia dos tiros quase em posição fetal atrás do balcão, que aquele horário estava vazio uma vez que o ponto de atendimento fechava as dez, justamente para evitar assaltos e outros crimes.


Continua...

Apresentação

Olá pessoas! Meu nome é Gabriel A. Gurgel, mas podem me chamar de Gurgel!
 Neste blog irei colocar os caps do meu livro aos poucos assim como informações de personagens e diários sobre seu desenvolvimento.
 Primeiro um pouco do que é Facções.
 Ele surgiu de um cenário para RPG chamado Guilds, criado por mim e aperfeiçoado com o tempo durante jogos e mais jogos, em especial contribuição da mestra Maka. Até que no começo do ano passado eu percebi que o cenário, assim como a historia que nele criamos tinha potencial para um livro. Um bom livro! Logo então eu comecei a trabalhar nele! Foram meses de aperfeiçoamento, tanto na minha escrita (que não é lá essas coisas ainda. rsrs) como no enredo. Muitas coisas mudaram, o livro amadureceu e agora cá estamos, com um blog novinho em folha e muito o que contar!

 Além da já citada Mestra Maka, tenho que agradecer outras pessoas que me ajudaram durante este tempo. São eles:
- Tenshi ( Raphael )
- Elfo Ancião (Andrey)
- Ariadíne
- Bruno Barros

Há muitos outros que ajudaram, dando avaliações, lendo o livro em seus primórdios etc...

 Alguns de vocês podem pensar: O que eu pretendo com o livro??.
 Na realidade eu sou apenas um escritor amador, e quero apenas contar uma historia. Facções não tem a pretensão de seguir uma linha de escrita padrão: Todos capítulos contribuem para a historia, mas nem todos focam no mesmo personagem, ou seguem a mesma linha narrativa. Como eu falei, o importante será sempre contar uma historia.
 Acho que é isso, uma apresentação meio fraquinha, mas vale já. Logo mais irei postar o capitulo um. Agradeço a todos pela atenção!